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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O matemático brasileiro que descobriu como o Universo pode acabar

O matemático brasileiro Marcelo Disconzi havia encerrado um seminário na Universidade de Vanderbilt, no Tennessee (EUA), quando foi abordado por dois professores de Física da instituição.
Thomas Kephart e Robert Scherrer elogiaram o trabalho apresentado - a solução parcial de uma antiga equação -, mas a dupla tinha em mente um novo propósito para as teorias do brasileiro.
"Você já pensou em aplicar isso à cosmologia (estudo da origem e estrutura do Universo)?", questionaram.
A pergunta pegou Disconzi de surpresa. A apresentação, realizada em abril de 2014, jogava luz em um problema criado nos anos 1950 por Andre Lichnerowicz (1915-1998), um famoso matemático francês. Trazia uma solução, uma lógica, e só.
A equação de Lichnerowicz havia sido criada para tentar descrever o comportamento de fluidos viscosos viajando a velocidades relativísticas - comparáveis à velocidade da luz.
Quando encontrou a solução, Disconzi não pensou num efeito prático. Kephart e Scherrer propuseram uma questão: será que a viscosidade poderia impactar o Universo de alguma forma?
"Achei a ideia interessante, e passamos a nos encontrar com regularidade", conta o brasileiro. Nas primeiras reuniões, ele explicou os detalhes da solução. Depois, o trio aplicou a equação a alguns cenários. O resultado veio no ano seguinte, num estudo que rodou o mundo.
A novidade trouxe à tona a possibilidade natural do Big Rip - ou "grande ruptura" -, uma das principais teorias sobre o fim do mundo.
Trata-se de um Big Bang - teoria que aponta que o Universo começou com uma grande explosão - ao contrário.
A ideia propõe que, daqui a exatos 22,8 bilhões de anos, o Universo estará tão acelerado e disperso que os átomos que formam planetas e galáxias começarão a se desintegrar.
Leia mais em BBC:
* O brasileiro que descobriu como o Universo pode acabar